Olhei pra direita mas eu sabia que não era dali que vinha aquela sensação. Então olhei pra direita e pronto. Você me olhava e logo que eu te vi, fugiste de mim com teus olhos. Fugi de ti também.
Essa coisa de encarar as pessoas nos olhos pode ser mesmo muito difícil, especialmente quando a pessoa tem aqueles olhos que trazem mistério.
E nessa, pelo rabo dos olhos você me olhava, eu te olhava, num jogo eterno de olhos, pálpebras e cílios.
No dia seguinte meus olhos procuraram os teus e nada de você aparecer.
Mas de repente você surge e me olha de novo, sem nenhum pudor, discrição ou sutileza. Me olha assim, me deixe sem graça com esse seu olhar intenso e profundo. Mas quais serão as cores dos teus olhos vistas de perto?
E depois eu passei e te olhei e nos olhamos de novo.
E hoje quando você apareceu de novo me olhando desse seu jeito eu me perguntei quem será o dono desse olhar indiscreto e intrigante? Desse rosto tão lindo e sem nome?
Quando me levantei, você virou pra me ver, e depois passou me olhando e eu virei o rosto pra te ver também. E enquanto eu andava os nossos olhares se cruzavam e nós ficamos mais distantes. Eu não sei seu nome, não sei nada sobre você.
Mas no fim das contas eu só queria saber se o dono desses olhos e desses olhares tem nome, telefone ou qualquer outra coisa...
Ai, esse jeito que você me olha...
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