Só não podia engolir a seco esse monte de lodo que se julgam dispostos a me fazer engolir.
Eu muito lutei pra ser o que sou, e só consegui superar situações tão infames das quais vivi porque escrevo.
Escrevo, logo existo.
Essa minha terapia intensiva, esse meu prazer, meu vício e minha salvação. Eis a minha cura para os males do mundo. Eis a cura dos meus males.
Deixei amores transtornados para trás, amores que jamais imaginei superá-los. Mas eu consegui porque eu os exorcizei com as minhas palavras. Tirei litros de raiva, litros de apego, litros de tristeza da minha alma e da minha vida escrevendo.
Enquanto eu viver, eu vou escrever.
E não tentem me intimidar. Morreria sufocada se me arrancassem o ato de escrever da minha vida. Morreria em menos de uma semana, não posso viver sem escrever. Eis minha sina e meu karma.
Através dos meus personagens e de suas histórias eu vivo coisas que jamais poderia vivê-las se não as escrevesse.
Meus personagens. Ah, esses são seres tão animados quanto eu. Elis, Cora, Henrique, Clarice, Lívia e tantos eles e elas que me arrancam do peito a sensação de aperto quando o peso das relações me assola.
Uma vez me perguntaram para quem eu escrevo. Ora, eu escrevo pra mim, só pra mim. Se eu escrevesse para alguém, certamente ele teria uma dedicatória no final. É na minha escrita que encontro a chave para o meu mundo e lá eu faço o que bem entendo.
Escrevo para mim, e aqueles que leem, leem porque querem.
Porque procuram pelas minhas palavras, seja para o que for.
E não ache que meus personagens representam absolutamente alguma pessoa que eu conheci, que Fulano corresponde a Beltrano. É bem verdade que as pessoas nos inspiram, e sem elas não existiria a literatura, a poesia e tantas outras artes.
Mas não se julguem suficientemente importantes para terem suas histórias postadas no meu espaço. Suas vidas não me são tão interessantes e é justamente por estar cansada de gente monótona que eu crio personagens e crio suas histórias.
E para aqueles que se debatem quando leem os meus textos, que urram e sentem-se atingidos, sinto muito. Não há no meu espaço o nome de ninguém que eu conheça, há apenas meus personagens. O fato de algumas pessoas se incomodarem é porque entram aqui desejosas para achar qualquer palavra que as corte, que as deixe feridas. Masoquistas. Não se procurem aqui, como eu já disse vocês não são tão interessantes a ponto de me inspirar a escrever sobre suas vidas no meu espaço. Meus personagens tem histórias muito mais saborosas do que as histórias das vidas de vocês, porque eu as crio. Atenham-se a sua insignificância. Se algum dia eu quiser escrever sobre suas histórias, eu lhes procurarei, previamente, com um gravador e lhes farei entrevistas, consultarei documentos e coisas que falem sobre vocês, como se fazem nas biografias e lhes darei os devidos créditos. Agora, vocês já viram seus nomes aqui? Ah, sim, como imaginei.
Como dizia a vovó "Quem procura, acha". Então, se não querem se aborrecer, parem de ficar fuçando e revirando minhas palavras a procura de vestígios que lhes ataque os nervos. Não lhes convidei, vocês viram de intrometidos, então não se julguem no direito de meter o bedelho o meu espaço!
Busquem um livro, mas não vão se irritar com o autor se acaso se identificarem com os personagens dele também.
E como diria Clarice:
"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa.
Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas.
A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."
Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas.
A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."
Aqui é o meu espaço, meus contos, minhas histórias, minhas memórias, meu o que eu quiser. Mas é meu! Se você quiser compartilhar, acrescentar, conviver, contar, sinta-se em casa. Caso contrário, não ouse mais pisar aqui.
Ninguém vai mudar o que nasceu em mim como extensão da minha alma.
Minha escrita é meu amor, minha paixão e minha sina.
Mas é "minha, só minha e não de quem quiser".
Eu sei quanta coisa foi deixada para trás, coisas que pareciam enormes, insubstituíveis, monstros e príncipes, dores e amores...
ResponderExcluirEu sempre disse que escrever é a melhor maneira de enxergar o tamanho de algo, pois ao escrever conseguimos enxergar a dimensão real, ou não, de algo...
Existirão ainda muitos que, movidos pela síndrome da perseguição, vestirão a carapuça...mas jamais se deixe levar!
Eu sou sua fã nº 1!
E qdo tudo isso se tornar um livro, aí sim eu quero um texto pra mim ...
eu te amo!
Amiga, você se revoltou mesmo, mas eu curti isso!!! uahuahauhaua
ResponderExcluirÉ de foder esse pessoal egocêntrico que se acha nos nossos textos! Você nem imagina cada coisa que já me aconteceu por conta disso... hahahaha