quarta-feira, 27 de junho de 2012

Libriana na balada - Sobre instinto, homens das cavernas e falta de sensibilidade

Nesse último sábado, depois de um bom tempo sem pisar em baladas, decidi me aventurar pelo mundo da música eletrônica e das pessoas descoladas.
Não. Nada disso. De descolado eles só tem o cérebro mesmo, que fica cozinhando ao som daquela música ruim pra caramba.
Mas não é sobre isso que eu quero falar.
Quero falar sobre as cantadas que levamos nas baladas, ou melhor, a falta delas.
E não entenda "falta de cantada" sendo um sinônimo de mulher encalhada. Falta de cantada porque a homarada tá achando que é só dar uma porrada na sua cabeça e te arrastar pelos cabelos, como eles faziam quando eram Neanderthais. (eram?)
Meninos, por favor, vamos chegar nas meninas com mais educação. Aliás, com o mínimo de educação?!
O camarada acha que é só porque ele tem alguma coisa no meio das perna, ele vai chegar se esfregando em você e como toda fêmea no cio vai de jogar nele!



OOOH JIRAYAAA, PAREM DE ASSISTIR ANIMAL PLANET! VÃO ASSISTIR UM ALMODOVAR, DESENVOLVAM UM POUCO DE SENSIBILIDADE SEUS ABUTRES MALDITOS!

Pronto, falei.
Chega de educação e polidez!
Vocês vão me falar que tem um monte de mulher que não se dá o respeito. Ok, super concordo, mas precisa ter esse comportamento escroto? Precisa chegar grudando na cintura da gente, como se a gente fosse o último pedaço de carne em época de Apocalipse Zumbi?
E não adianta você tentar se desvencilhar desse ser maligno, você empurra e ele volta, te agarra de novo até a hora que você manda um "VAI PRO INFERNO!", daí você é mal amada, mal comida, etc...
Não sou nenhuma puritana e muito menos santa, mas se tem uma coisa que me irrita nessa vida é quando eu tô andando pela balada e vem um ser humano escroto desses e fica tentando chamar minha atenção com o "corpinho" dele ou me puxando pela cintura.
FALA, SEU ANIMAL!
Vocês tem cordas vocais pra quê? Pra ficar berrando no jogo do seu timinho de merda?
CONVERSA! Qual a dificuldade em dizer OI? HEIN?
Falta tanta vida inteligente nesse mundo, que até desanima. Daí você vai me dizer que balada não é lugar de procurar vida inteligente. Tá, eu posso até concordar, mas precisa ser tão burro??? Precisa ser tão imbecil, tão insensível?
Ontem eu troquei algumas poucas palavras com uma grande amiga libriana e é isso que falta nos homens de hoje: sensibilidade.
Não tem nada mais gostoso do que conversar com um cara que tenha papo, que levar uma cantada legal, inteligente, receber um elogio polido.
Mas se vocês, moleques do meu Braseeel, querem continuar agindo no instinto, a moda dos homens das cavernas, ok. Depois não venham reclamar que arranjaram uma namorada suspeita e que tá corneando você com seu melhor amigo.
Homens, mais sensibilidade, por favor.






terça-feira, 26 de junho de 2012

Um novo olhar - Sobre Apae, dança, aprendizado e gratidão!

Eu acho incrível como Deus sempre está nos ofertando novas chances de aprendizado e principalmente, acho que Deus tá sempre querendo que a gente desperte pro sentido da vida.
Só cabe a gente querer perceber essa manifestação Dele e mais, cabe a gente perceber onde isso acontece.
Quando eu recebi o convite pra criar uma coreografia pra Apae de Piedade, logo pensei " Será que eu consigo? Será que sou capaz?".
Eu tava numa fase descrente. Descrente de tudo, da vida, do amor, da fé e principalmente, descrente de mim. Tava me sentindo inútil, parada, especialmente porque tinha trancado a faculdade recentemente, com um monte de conflitos emocionais pela minha cabeça e coração.
Quando eu digo que Deus está sempre nos dando novas chances de aprender, digo porque pra mim, esse convite pra trabalhar na Apae, ainda que por algum tempo, foi, com certeza, uma chance que Deus me deu de ver a vida com outros olhos.
Eu tinha receio do que poderia encontrar pela frente. Como coreografar, o que fazer, seria difícil?
Mas Deus tava ali, atrás daqueles sorrisos, atrás daqueles olhos todos, pedindo algo de mim. Eu fui lá e fiz.
Fiz o melhor que eu podia, dei o melhor de mim. E falo isso com orgulho mesmo, porque entre as mil coisas que eu aprendi com essa nova experiência, uma delas foi valorizar as minhas conquistas, valorizar aquilo que eu faço com amor e ficar feliz por ter conseguido me superar!
Eu tava fechada, triste, cansada. Mas eles, meus alunos, fizeram com que eu abrisse minha cabeça, tiraram um véu dos meus olhos e me fizeram entender tanta coisa...
Com eles eu aprendi que a vida pode ser mais leve, que os problemas podem ser resolvidos com calma, que  a limitação não existe, porque se o nosso coração quer dançar, se ele quer falar, sorrir e cantar, nada pode nos impedir!
O coração manda em tudo. Só existe o coração!
Com eles eu aprendi que a nossa família não se restringe aos nossos parentes e que toda a humanidade faz parte de uma grande família.
Muitas vezes eu tava chegando pra dar aula, um ou outro vinha e dizia " Essa aqui é minha prima!" ou "Essa aqui é minha tia!".
Você pode até pensar "ah, ele não sabia o que tava dizendo", mas eles sabiam sim.
Qual é o limite da família? Qual é o limite do amor? 
O amor não tem limite.
"Amai-vos uns aos outros". Foi isso que Jesus nos disse. E em cada contato com meus alunos, seja conversando, aprendendo na aula ou simplesmente observando o carinho que eles tem com pessoas que nem conhecem direito eu pude ver que amar é a coisa mais linda que Jesus nos ensinou.
Eu aprendi com eles a ser mais leve, não me preocupar tanto com que as pessoas dizem, fazer o que eu sinto, ser sincera e abraçar, beijar muito e dizer eu te amo quando eu tiver vontade.
Se eu vou conseguir aplicar tudo isso que eu aprendi com eles? Bom, eu queria poder conviver mais com eles, pra poder ver e sentir cada vez mais essa coisa linda que tá pulsando no meu coração. De qualquer forma eu já me sinto a mais feliz das criaturas.
Nós somos todos iguais. Nós somos todos filhos do mesmo Deus.
E eu, como professora, me sinto muito mais aluna deles.
Eu só queria um dia poder retribuir todo esse aprendizado, toda essa alegria que habita no meu coração. E que nos momentos de tristeza ou de dor, eu possa me lembrar desse sentimento, me lembrar de cada sorriso deles e encarar a vida com esse jeito especial que eles tem.
Eu queria poder perguntar pra Deus: será que eu mereço tanto? Será que eu sou digna desse amor?
Quem sabe...
Só sei que se hoje eu sou uma pessoa melhor que ontem, uma pessoa mais leve, que vai procurar ser mais tranquila, menos afobada, mais confiante e que vai buscar sempre essa alegria de viver, eu agradeço muito a Apae de Piedade e cada um dos meus alunos.
Feliz daquele que pode experimentar e viver isso que eu vivi.
Sem mais palavras. É só gratidão. Obrigada, Meu Deus!



terça-feira, 12 de junho de 2012

PÁ!

Tava eu aqui, pronta pra concluir a minha brilhante tese de que não vale mais a pena amar, de que não vale a pena namorar, se apaixonar e afins, quando um certo comunista me manda esse texto que postarei a seguir.
Prezadas leitoras, levei um murro na boca do meu estômago sem borboletas, um tapa na minha cara sem sorrisos amorosos, um chute no saco que eu não tenho.
No mais, ainda estou desnorteada.
Leiam.

Aos desiludidos do amor, com carinho - Xico Sá

"Vamos recapitular: este cronista dançou, na semana que antecedeu esta fatídica data dos pombinhos, no ritmo do dois pra lá, dois pra cá.
Um olho alvejando o romantismo de vitrine que humilha as damas e os cavalheiros solitários; outro olho no band-aid no calcanhar da moça ainda ferida da última dança.
Agora é hora do encorajamento, como acabei de reaprender aqui com o camarada Henry Miller, no singelo “O mundo do sexo” (José Olympio Editora).
“Tão certo como nasce o dia, fica claro demais que poucos são os que merecem o título: HOMEM”, diz o cara do Sexus, Plexus e Nexus. Ele conclama, desafia, é hora de honrar as saias e as calças.
No amor romântico, no amor erótico ou no pacote completo.
É por isso que eu repito em mais uma oração subordinada às moças:
Triste de quem fica desiludido(a) e evita outro amor de novo, cai no conto, blasfema, diz “tô fora”, já era, tira onda, ri de quem ama, pragueja e nunca mais se encontra dentro das próprias vestes.
Como se o amor fosse um quiosque de lucros, a bolsa de mercadorias e futuro, um fiado só amanhã, um comércio.
Como se dele fosse possível sair vivo, como nunca tivesse ouvido aquela parada de Camões, a do fogo que arde e não se sente, a da ferida, aquela sampleada por Renato Russo.
Triste de quem nem sabe se vingar do baque, sequer cantarola, no banheiro ou no botequim, “só vingança, vingança, vingança!”, o clássico de Lupicínio, o inventor da dor-de-cotovelo, a esquina dos ossos úmero com os ossos ulna (antigo cúbito) e rádio, claro, lição da anatomia e da espera no balcão da vida.
Tudo bem não querer repetir, com a mesma maldita pessoa, os mesmos erros, barracos  e infernos avulsos e particularíssimos.
Triste de quem encerra o afeto de vez, como se aquela mulher e/ou aquele homem “x” fossem fumar o king size -duvidoso e sem filtro- lá fora e representassem o último dos humanos.
Chega do mané-clichê: todos os homens ou mulheres são iguais. Argh.
São, mas não são, senhoras e senhores. Cada vez que uma folha se mexe no universo a vida é diferente – acho que roubei isso da arte zen de consertar motocicleta.
Todos os machos e todas as fêmeas são novidades. Podem até ser piores, uns mais do que os outros, porém dependem de vários fatores. Não adianta chamar o garçom-do-amor e passar a régua para sempre por causa de apenas um traste. Como se esta miserável criatura representasse a parte pelo todo da panelinha do mundo.
Já pensou quantos amores possíveis você estaria dispensando por essa causa errada?
E quem disse que amor é para dar certo?
Amor é uma viagem. De ácido.
E tem mais: a única vacina para um amor perdido é um novo amor achado. Vai nessa, aconselho! Só cura mesmo com outro. Mesmo que um placebo.
Muitas vezes não temos o amor da vida, mas temos um belo amor da semana, da quinzena, que de tão intenso e quente logo derrete. Foi bonita a festa, pá e pronto.
Vale tudo, só não vale o fastio e a descrença. Levanta desta ressaca amorosa, meus Lázaros e minhas Lázaras."


quarta-feira, 6 de junho de 2012

"Yes, we can!" - Sobre falatório, perda de medidas e falta de bunda!

No último post eu disse que "voltava já".
Pois é melbein, nunca acredite quando eu estiver me arrumando, você me chamar e eu disser "já vou" ou "tô quase pronta". Eu sou enrolada. É da minha natureza librianística. hahahahhaa
E estamos de volta, depois do curso, depois de muitos ensaios, porque pra quem não sabe eu voltei a fazer dança do ventre e nós estamos cheias de eventos, ensaios e várias coisinhas que estão consumindo meu tempo.
Agora, vamos parar de lenga lenga e vamos ao que interessa!

Eu tava pensando sobre o que eu ia escrever no próximo texto da nossa série "Yes, we can".
Daí que veio a ideia de falar sobre como as pessoas reagem quando a gente emagrece.
Porque se você não é nenhuma eremita, ou seja, vive em sociedade, frequenta determinados lugares, tem X amigos, bom, cedo ou tarde, se você se empenhou mesmo em trabalhar sua cabeça e deixar a preguiça de lado, as pessoas vão te abordar com aquela super cara de espanto e dizer:

"NOSSA, como você emagreceu!"

Como lidar, néam? Porque tem gente que te diz isso como se fosse um milagre. Faz aquela cara de acabei-de-ver-uma-assombração e você fica ali, com seu sorriso amarelo, sem saber o que fazer.
Então, minha amiga, se isso acontecer com você, especialmente se aquela creyça magra que se faz de sua amiga, mas na verdade pica você na língua, aparecer com essa super cara de espanto, você olha pra ela e diz.
"É."
Assim, monossilábica, como a creyça merece ser respondida.
Agora, existem outras pessoas que vão dizer a mesma frase, mas de uma oooutra maneira. Elas vão dizer isso contentes por você, sorrindo, com naturalidade. Elas podem se admirar com seu super emagrecimento, mas não serão forçadas. Pelo contrário, serão amáveis e legais. E vai por mim, é tão bom quando você encontra essas pessoas na rua e elas dizem isso pra você! A gente ganha o dia néam?

                                                      Hahahahaha. Nem precisa de legenda!

Uma outra coisa que a gente tem que saber lidar depois que emagrece é com a perda de medidas. Se você realmente emagreceu, as suas medidas de calça, cinto, até soutien e afins, vão diminuir.
E é claro que isso vai ser um certo alvo pras pessoas falarem.
Eu, por exemplo, quando tava gordinha, tava usando calça XX. Agora eu tô usando XX menos duas medidas. Fiquei super feliz em reduzir medidas, nossa, foi um marco pra mim!
Porém, nem tudo são flores na redução de medidas. Nessa, eu perdi bunda. Perdi mesmo, minhazamiga, tô me sentindo a última das desbundadas do Brasil! Hahahaha!
Mas o problema não é esse. O problema é que quando a gente tá feliz, sempre tem alguém que não tá tão feliz assim, dai vai lá e lança um " Nossa, como você perdeu bunda!" Ou "Nossa, você perdeu isso, perdeu aquilo e aquele outro também."
Haja jogo de cintura né? Mas a gente tem que pensar o seguinte: Tô feliz assim? Ou eu prefiro voltar no peso que eu tava, com a minha saúde desequilibrada e recuperar minha bundona?
Eu prefiro emagrecer com saúde, perder medidas do que continuar do jeito que eu estava. Eu tô feliz assim, mesmo que a oposição afirme que eu tô desbundada!



Bom, por hoje é só minhazamiga!
Mandem seus comentários, suas experiências que a gente vai se falando!

Beijos e fiquem com Deus!