quarta-feira, 25 de abril de 2012

Lidando com a carência - Parte II - A fome

                                                 
Carência é um assunto que rende horas de papo entre azamiga, não é mesmo?
Eu voltei aqui pra dar continuidade, mas sobre uma outra coisinha que essa desgraçada nos desperta: fome.
Ou vontade de comer também.
Pois é, minhazamiga, além de deixar você tristonha e se sentindo a última das mal amadas, a carência ainda quer te deixar com alguns quilinhos a mais.
Eu não sei vocês, mas quando eu tô carente fico morrendo de fome. E vai o que tiver na frente.
As ditas "chocólatras" vão correndo tentar saciar a carência com uma barra inteira de chocolate. Pessoas mais rústicas como eu vão lá e vão comer dois pratos de vaca atolada. 
Daí que a gente comeu a geladeira, o freezer, fogão e o que aconteceu?
Parece que passou né... 
Ficamos tranquilas, relaxadas, de barriguinha cheia. Que lindo!
MAAAAAAAAAAAAAAS, a carência volta e a fome volta junto!
É um ciclo vicioso, sabe.
Então, minhazamiga, não adianta a gente comer dois quilos de vaca atolada, lanche do Mc, chocolate, comer um peru de Natal inteiro porque isso não vai acabar com a sua carência.
Muito pelo contrário, você vai ficar aí, carente e cheia de remorso, porque sua calça não tá fechando nem com reza braba!
Adianta se matar de comer? Não. Não adianta.
Adianta ligar pra aquele seu ex que é só estalar os dedos que ele vem correndo? Não, não adianta e vai te dar ainda mais dor de cabeça.
Uma vez eu ouvi nesses programinhas da rádio Mundial, muito interessantes aliás, uma psicóloga especialista e terapia holística e sei lá mais o que, falando que quando vem essas fomes repentinas após algum sentimento intenso, é que a gente tá tentando neutralizar o sentimento. Não entendeu? Explico.
Supomos que você tá muito triste. Muito mesmo. Daí você vai lá e come um imenso pedaço de torta de chocolate. No seu subconsciente, você não comeu um pedaço de torta, você comeu sua tristeza. De forma que você vai tentar digerir a mesma, no processo de digestão que seu organismo terá para digerir a torta. Mas, nessa atitude, muitas vezes nos causamos problemas digestivos, porque o sentimento = comida foi mal digerido.
Outras vezes, a gente come a torta, o subconsciente reconhece na torta a tristeza e de repente parece que a tristeza passou. É a falsa ideia de digestão do sentimento. Mas depois que essa sensação passar a tristeza volta.
Eu não sei se isso é um fato, ou uma teoria, mas que faz muito sentido, pelo menos pra mim, isso faz!
Tá, agora vamos ser práticas: tô carente, bateu aquela fome de carência master.
Respira, conta até 1000, porque 10 é impossível, néam?
Mas respira colega, tenta entender o que tá se passando com você. Se for fome de verdade, vai lá e come sem culpa. 
Mas se for ansiedade e a falsa impressão que a comida vai resolver o vosso pobrema, não coma. Tenta compreender o que você fez na sua vida pra que aquilo estivesse acontecendo. É um exercício diário e ajuda bastante. Mas se não funcionar, reza! Reza bastante que uma hora a luz aparece...rs

É isso aí, minhazamiga. A gente vai trocando figurinha por aqui!
Beijos e fiquem com Deus!

terça-feira, 24 de abril de 2012

Lidando com a carência

Outono. Aquele friozinho, aquela vontade de chocolate quente, de cobertor, filme e... Eis que surge a desgraçada da carência!
Mas que sentimento desagradável esse da carência, não é mesmo, minhazamiga?
Tá bom que ela não existe apenas para pessoas solteiras. Muitas vezes, ainda no namoro, tem dias que a carência surge também. Mas aí não é tão ruim, porque ela potencializa as nossas emoções e torna o ser amado ainda mais bem vindo em nossa vida.
Lindo, não é?
Mas para nós, solteiras, a carência é ardilosa. Ainda mais para você, minha amiga, solteira por livre e espontânea vontade!
Porque quando nós não ficamos solteiras por opção, a carência é um impulso a mais pra gente ir a caça, pra gente buscar o grande amor das nossas vidas sabe-se lá onde esse cretino se enfiou!
Mas quando estamos solteiras por decisão nossa, por compreender e assimilar que precisávamos desse tempo para nos conhecermos melhor, a carência surge tentando abalar as estruturas, te mostrando que, talvez, estar sozinha não seja tão legal assim.
Ela vem na maciota, quietinha, aproveitando o clima da estação, fica ali, instigando você enquanto você se emociona com a reconciliação do Inácio e da Rosário (todas assiste a novelinha das sete, hahah), mostrando que talvez aquele Fulaninho ou aquele outro, ah, eles podem ser legais e você tá sozinha mesmo.
E você começa a pensar que talvez seria bom ter alguém e quem sabe.....EPAAAAAAAAAAAAAAAA!
Calma, lá, carência, você não é maior que eu!

Pois é minhazamiga, é aí que eu queria chegar.
A carência é um desgraçado sentimento que faz a gente confundir as coisas. Muitas vezes nós achamos que precisamos e amamos alguém, quando na verdade nós somos "carentes" dessa pessoa. Acho que grande parte dos relacionamentos falidos ainda continuam existindo porque as pessoas são carentes e se apoiam umas nas outras. Falo com propriedade, eu era um poço de carência afetiva.
Era e as vezes acontece de ser, mas por alguns instantes.
Eu, depois de muito analisar e vivenciar certas experiências, entendi que a carência não pode ser maior que a minha vontade em estar bem comigo mesma.
Não, não pode fia! Porque se você aceita a carência como uma máxima na sua vida, você vai cometer uma série de enganos e vai fazer um monte de gente sofrer.
Foi levada pela carência que eu comecei alguns relacionamentos e levei-os adiante porque achava que amava. Não, eu simplesmente não suportava a ideia de ficar sozinha porque eu ia me sentir CARENTE.
E nessa, melbein, você acaba confundindo os sentimentos de alguém que talvez goste de verdade de você e vai sofrer muito com esses seus acessos de carência.
É nesses acessos que nós enganamos outras pessoas, que fazemos elas de joguetes das nossas paixões e vontades, pensando apenas no nosso umbigo!
Agora, veja o outro lado da moeda: quantas vezes você, minha amiga leitora, não se sentiu um joguinho da carência de algum babaca mal resolvido?
Pois é. Ruim não é mesmo?
Sabe, eu tenho me sentido muito carente nesses dias aí. Acontece, minhazamiga. Sou humana, sou gente e me sinto carente.
Mas eu entendi que não é ela que manda em mim. Eu sou dona de mim, dos meus sentimentos e se a carência tá querendo se fazer maior aqui, vou mostrar pra ela que ela não é tão importante assim. Como? Ocupando minha cabeça da maneira que eu conseguir. Lendo, escrevendo, fazendo maquiagem, trabalhando, enfim.
Dona Carência, a senhora já mandou muito em mim. Mas quem manda agora sou eu.
E tenho dito!


domingo, 22 de abril de 2012

Carta para Ulisses

"Ulisses,

Estou lhe escrevendo mais uma vez e sei que esta carta talvez não chegue até você, mas os propósitos que trazem minhas palavras são os mesmos propósitos de outrora. Prometi a mim mesma, não me recordo quantas vezes que lhe escrevi dessa forma. Talvez eu tenha escrito muitas vezes, mas apaguei pois havia esperanças.
Estou lhe deixando, Ulisses. Como já o deixei muitas vezes sem ao menos tê-lo tido para mim.
Um belo dia o coração já não sangra, já não chora, já não geme, porque acostumou-se com a dor. Eu, Ulisses, não posso me calcar no mesmo erro e nos mesmos enganos, meu coração não pode sobreviver assim.
É difícil e penoso deixá-lo, mas ao mesmo tempo eu penso que não será assim tão doloroso, porque afinal de contas você nunca foi meu.
Convivemos poucas vezes, mas foram o suficiente para que eu absorvesse certas manias suas, como a maneira com que você lava os talheres. Sim, Ulisses, uma única vez que o vi lavar os talheres, em seguida eu me vi lavando da mesma maneira que você, passando a esponja duas vezes, de cima para baixo no cabo das facas, garfos e colheres.
E por falar em facas, tenho meus sonhos destroçados.
São migalhas, Ulisses. Migalhas infames, destruídas e arrasadas. Eu sempre lhe fui devotada e fiel, preocupando-me com seu estado de saúde, psicológico e seu coração. Mas veja Ulisses, agora que atravesso um mar de dúvidas onde gostaria de lhe contar tudo, onde está você, Ulisses?
Você acha que só você sofre, mas veja bem, Ulisses, você é o maior causador dos seus problemas. Esqueceu-se dos planos de Deus e entregou-se ao rancor dos seus sonhos devastados.
Sou a última pessoa do mundo que lhe desejaria mal, sou incapaz disso muito embora já tenha me esforçado para tanto, mas vejo você errando Ulisses, mais uma vez.
Então, depois que você chorar e amargurar mais um insucesso na sua vida amorosa, eu estaria ali, esperando para lhe acolher em meus braços, qual mãezinha amorosa, que deseja seu bem acima de tudo. E talvez assim, Ulisses, você me veria daquele jeito que eu sempre sonhei, do jeito em que você me olhava naquela tarde na França, onde nos conhecemos e nos perdemos, mas nem sabemos quando.
Ah, Ulisses, eu vou deixá-lo a própria sorte, muito embora em minhas orações vejo seu rosto sorrindo e rogo a Deus para que lhe proteja e lhe faça enxergar a verdade.
Sei que ainda tornarei a vê-lo muitas vezes em meus sonhos que se repetem com você, mas Deus vai resguardar meu coração dessas lembranças turbulentas e felizes, as quais eu nunca mais poderei vivê-las. Ele me dará forças e fé. Eu resistirei as lágrimas ao acordar.
Seja feliz, Ulisses, pois o sorriso que nunca foi meu, hoje é de alguém. Mas que ele nunca se apague, muito embora eu saiba que você ainda irá chorar. 
Eu o estou deixando, sem nunca tê-lo tido.
Digo adeus as músicas que ouvi pensando em você, aos sonhos melancólicos de outrora, as esperanças vãs e frágeis que fertilizaram meus sonhos de mulher por todo esses tempo.
Não poderei mais alimentar meu coração de esperanças desventuradas, que se esvaem como areia ao vento.
Ulisses... Meu coração é um vale de lágrimas. 
Que um dia Deus se apiede da minha alma e mostre os sagrados motivos de termos cruzado nossos caminhos, onde meu coração foi crucificado por este amor.
Adeus, Ulisses.
Que Deus vele por nós...
Clarice."

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Remetente: Seu Coração

"Oi, Ga... tudo bem?
Te conheço muito bem e sei que você gosta que te chame assim.
Eu tô te escrevendo pra avisar que nossa relação não anda das melhores sabe.
Eu entendo que tenhamos sofrido muito juntos, que erramos juntos e também acertamos. Mas nesse momento, eu não posso mais levar certas exigências suas adiante.
Eu amo muito você pra permitir que você nos magoe novamente.
Por isso queria dizer a você que não vou me afastar, mesmo porque não podemos viver separados, mas que eu vou fazer um retiro espiritual e se eu fosse você, faria o mesmo.
Vou priorizar outros assuntos que merecem mais a minha e a sua atenção, ao invés de ficar sonhando com o moço dos sonhos, com o amor impossível e o príncipe encantando do metrô que lia o mesmo livro que você.
Vou parar de atender o seu pedido de se apaixonar. É isso, tô em greve, mas uma greve educada, pro seu bem. Aliás, pro nosso bem.
Então, nem adianta vir aí, cheia de melancolia, cheia de brilhinho nos olhos porque eu não vou me apaixonar tão cedo e se você me forçar, sabe que vai dar errado, como já aconteceu outras vezes.
Sabe, nós precisamos de um tempo nosso, pra colocar certas coisas no lugar. Nós precisamos viver em harmonia eu e você. E assim, sofrendo cada dia por uma coisa não dá. Sinceramente, tô cansado de você se iludir e me machucar. Daí eu tenho que me recompor, me regenerar pra você dizer que é sempre culpa minha.
Sendo assim, vou desviar o pensamento romântico pra qualquer outro pensamento mais produtivo e vou deixar de priorizar o lado afetivo-mágico-conto-de-fadas-ilusório para priorizar outros assuntos que me dizem respeito.
Espero sinceramente que você me acompanhe nessa e que possamos estar juntos, equilibrados e felizes.
Nascemos, vivemos e estaremos juntos até o dia que você passar do lado de lá. Como eu bem sei que você é uma tremenda pecadora e tem muitos débitos pra saldar aqui no Planetinha Azul, ou seja, você vai viver bastante ainda, vamos tornar a nossa convivência mais harmônica, sincronizada, pacifica. Sem choros convulsivos, questionamentos sem respostas e questões que nem eu, nem você podemos resolver por enquanto.
Facilita pra mim, que você estará facilitando pra você.
Agradeço e aguardo sua compreensão.
Peço: cuide-se e assim estará cuidando da nossa paz diária.

Atenciosamente, Seu Coração."

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Juliana Paes sem maquiagem e as creyça invejosa

Tava eu rolando a minha timeline aqui e me deparei com a seguinte imagem. Um antes de depois da Juliana Paes, com e sem maquiagem. Abaixo estava escrito " Meninas, lembre-se, maquiagem sempre!".


Olha, só vou falar uma coisa: FALOU AÍ, DIVAS.  NEM QUERO MAIS SAIR NA RUA, PORQUE VOCÊS SÃO TÃO LINDAS NÉ, MELHOR NINGUÉM MAIS SAIR DE CASA, SÓ AS BONITA!
Olha minhazamiga, que coisa de gente despeitada ficar fazendo isso com a Juliana Paes ou com qualquer outra Fulana.
Sabe, antes dela ser Juliana Paes, a atriz, ela é, Juliana Paes, a humana. A pessoa que arrota, peida, tem caca de nariz, remela nos olhos quando acorda. É pois é, fia, ela não é a Maya não, que acordava do lado do Raj (ui) de maquiagem linda e impecável. Ela é de verdade, sabia?
Se liguem, suas creyça!
Sabe, se o recado no gif com a montagem da Juliana Paes estivesse escrito " Efeitos de uma boa maquiagem", eu não ia discordar. A nossa amiga de Caminhos da Índias tem sim belas olheiras, muito provavelmente do trabalho exaustivo, que só um corretivo amarelo poderia fazer sumir e que é um fato que algumas maquiagens fazem milagres, tudo bem.
Mas olha, maquiagem pra inveja, despeito, ah fia, isso não existe não, viu?
Nem pra creycismo, fiquem sabendo!
Eu amo maquiagem, como vocês bem sabem. E é evidente que sou muito mais diva maquiada do que com a cara recém "acordada".
Mas sabe que ao invés de ficar falando mal da Juliana Paes, as crey deviam reparar que mesmo sem maquiagem, ela consegue ser mais bonita, mais phyna e mais simpática do que praticamente metade das despeitada que compartilharem essa imagem.
Fias, se enxerguem. Ditadura da beleza pra que? Vamos deixar a pele da moça respirar, porque é necessário, vamos deixar ela ir no barzinho ali tomar um choppinho, comer azeitona no palito de dente e sentar nas cadeiras dobráveis de ferro. Vamo?
Vamos juntar a nossa disposição pra invejar azamiga, falar mal da Juliana Paes e ver que muitas de nós, mesmo com a make mais potente, não chega aos pés dela sem make. Vamos refletir, hein?
Eu não sei vocês, mas mesmo amando maquiagem, eu não quero viver num mundo onde eu passo a ser melhor ou pior por sair com a cara lavada na rua.
Maquiagem é legal? É sim e eu amo. Mas tudo tem limite. Até o despeito das creyça.
E tenho dito! Juju, você é linda amiga!

terça-feira, 10 de abril de 2012

Sobre ex namorados, o novo olhar, a compreensão e a retratação

Houve um tempo em que eu queria colocar todos os meus ex namorados num barco furado, amarrados uns aos outros e lá do cais, eu os veria afundar lentamente, gritando pela minha misericórdia. Eu estaria no pier, bebendo martini, com um chapéu phyno, rindo a moda Paola Bracho, enquanto eles diziam " Gabi, me perdoe, e glugluglu", coitado, morreu afogado.
Pois é, minhazamiga, não se enganem com a minha cara de boazinha.
Mas, felizmente a gente muda não é mesmo? E eu não tenho mais essa vontade, graças a Deus.
O rancor, a mágoa e a vontade de matar todos eles afogados passou.
Mas hoje eu fiquei muito chateada com um ex namorado meu, o último, aliás, e andei fazendo certas referências a ele num texto meu. Daí que ele leu, claro, veio dar a opinião dele e caímos numa bela discussão cheia de sarcasmo e ironia, típica da mágoa dos ex, néam?
No entanto, durante a lavação de roupa suja, começamos a compreender certas coisas e voilá, minhazamiga, ficamos amiguinhos.
Não é incrível como eu posso ser bipolar?
Não. Não é isso.
O fato é que a gente sempre tem que procurar ver com outros olhos, não com os olhos da mágoa, da insatisfação, da chateação. A gente tem que ouvir o que o outro tem a dizer e tem que ouvir com PACIÊNCIA, com CALMA, buscando ver o lado dele também.
Felizmente, esse meu ex é bem mais calmo do que eu e eu via que quanto mais eu queria brigar, mais ele contornava a situação. Daí eu passei a tentar contornar também e deu certo.
Quero dizer que nem tudo é morte, sangue e tristeza quando a gente termina um relacionamento.
Que a gente pode sim, ser amiga do ex, se ele abrir espaço pra isso e enfatizo: se não houver mais paixão.
Porque o amor se transforma e vira uma amizade legal.
Um exemplo disse é meu outro ex, que vou chamá-lo de N. para não expor ninguém aqui.
Quando eu e o N. terminamos, eu não podia ouvir falar no nome dele. Ainda mais depois que ele decidiu me deletar das redes sociais dele. ALOK, QUEM ELE PENSA QUE É?
Pois bem, ficamos lá um ano e tanto sem nunca mais nos falarmos.Não tinha ele em nenhuma rede social e não morávamos na mesma cidade. Pronto, isolamento perfeito.
Mas quis Deus que nós voltássemos a nos falar por razões maiores que nós e hoje eu tenho ele como um grande amigo. Alguém que eu procuro pra conversar quando o calo aperta, que me entende e que me dá bronca e quer saber, levo numa boa.
Por isso minhazamiga, sei que ex no começo é um assunto indigesto, mas vamos procurar agir com mais tolerância, sendo menos impulsivas, guardando menos mágoa, ouvindo o outro lado, nos colocando no lugar do outro e principalmente, não julgando. É um processo fácil? Não. E digo que depende da boa vontade mútua em fazer as pazes e partir pra amizade. Não adianta você querer ser a boa samaritana se o filhodumaboamãe é um ser necessitado de compreensão divina, coisa que você ainda não possui, néam benhê?!
As pessoas vivem cada uma a sua fase, o seu momento e se elas se encontram, é porque aquele momento foi compatível. Mas muitas vezes o momento passa e cada um volta pro seu lado, o que não impede que depois, possa florescer uma amizade bacana entre ambos. Ele não foi seu capataz, foi seu namorado e fez parte da sua vida. Melhor encarar os fatos e tê-lo como amigo. Porque tê-lo como coisa-ruim-dos-inferno é como dar as costas pra uma parte da sua vida, como se ela tivesse sido só desgraça, e você, bem lá no fundo, sabe que não é assim.
Por isso vamos pensar, refletir e encarar que a vida fica melhor quando a gente quer bem as pessoas, aquelas que estão conosco e aquelas que já estiveram. O bem e o amor caminham juntos.

Tá difícil acreditar no amor, sabe...

Tá difícil acreditar no amor, sabe. Tá difícil mesmo.
As vezes fico pensando se as pessoas amam mesmo ou se sofrem de carência excessiva. Se elas amam mesmo ou precisam de um psicólogo de plantão, uma muleta ou alguém pra aliviar os seus instintos primitivos.
E quando digo pessoas, me incluo nessa. Sabe, um dia a gente sente uma coisa, no outro dia já mudou.
Acho que a gente ama sim, mas ama torto sabe, ama com barreiras, ama com dúvidas, ama com conceitos pequenos e essas coisas todas são barreiras pro amor de verdade.
A gente começa a amar com medo, desconfiança, colocando limite em tudo, pensando, racionalizando.
A gente fala o tal " eu te amo" com muita facilidade e não acho que seja mentira, mas cada um tem seu jeito de amar. Daí que, as vezes a gente não se contenta com o jeito que o outro ama, e vai procurar amor em outra freguesia.
Eu ando bem descrente do amor. E acredito que no sentido que eu gostaria de ser amada, fui amada uma ou poucas vezes.
Porque amor de verdade é aquele que fica dentro da gente, primeiro como uma lembrança dolorosa, mas depois, como uma saudade boa sabe.
Amar, pra mim, não é dizer que ama simplesmente, daí quando acaba, infernizar a vida do outro pra que, depois que você desligue o computador, vai arranjar alguém que possa satisfazer sua carência e seu ego na primeira balada ou na primeira esquina, sendo um pouco mais ríspida.
Se você me ama, você me ama, e eu não vou sair tão fácil da sua vida. Não tô dizendo que a gente deve ficar acorrentado pra sempre em uma pessoa. A gente tem que seguir em frente, o tempo não para mesmo.
Mas vai, sai escrevendo por aí que me ama, pra depois sair atirando pra tudo quanto é lado, pra sair por aí, se jogando na vida louca?
Desculpa, pra mim isso não é amor.
Amor a gente respeita, a gente guarda, é algo sagrado sabe, que a gente não quer profanar por aí, tentando substituir a razão que faz ou fez a gente acreditar que o mundo pode ser um lugar bom pra se viver.
E por mais que você ache que eu não tenha te amado, eu amei segundo as possibilidades do meu coração naquele momento e sei que respeitei você, muito mais do que você me respeitou depois.
Não saí por aí, me jogando no colo do primeiro otário que me fizesse sorrir. Eu estou aqui, tentando organizar as coisas do meu coração, enquanto você curte a sua vida de solteirão descolado.
Não vou julgar e dizer que você está errado. Mas pra mim isso não é amor, não foi, nem é.
Amor é uma coisa mágica que vive dentro da gente, por mais que a gente insista em matar. Vai além da nossa miserável compreensão.
E que por mais que a gente viva a nossa vida e se abra para novos relacionamentos, esse amor a gente guarda numa caixinha. Amor é sagrado.
E por isso acredito cada vez menos nesse amar das pessoas...
Tá difícil acreditar no amor, sabe...

quarta-feira, 4 de abril de 2012

O Estranho Conhecido

O dia havia sido muito cansativo, porém ela aproveitara muito. O passeio pela Liberdade, os cursos e o sushi na hora do almoço haviam valido cada centavo. Exausta, mas com um volume de "O vermelho e o negro" nas mãos, tomou o metrô em direção a estação Ana Rosa.
O metrô estava vazio. Sentou-se e abriu. Logo não havia mais metrô e sim a envolvente história de Julien e da Sra de Rênal.
Muito entretida com a sua leitura não percebeu que alguém se sentara ao seu lado, mas certamente ela não podia ficar indiferente aquele perfume. Despreendeu-se da leitura e olhou para o lado.
Teve as mãos frias e o coração batendo forte. Conhecia-o de algum lugar, mas de onde?
Ele também lia e percebendo que alguém o encarava, olhou para ela. Segundos que pareceram uma vida trouxeram-no de volta e ele sorriu.
- Não é todo dia que a gente encontra alguém no metrô lendo o mesmo livro que a gente...
Ela olhou nas mãos dele e estava escrito "Le Rouge et Le Noir", sim, "O Vermelho e o Negro", mas em francês.
Ela sorriu de volta.
- Se eu tenho dificuldades em pronunciar os nomes dos personagens lendo a obra traduzida, fico pensando na obra em francês.
Ele sorriu contente.
- É, não é o livro mais fácil que eu já li, mas estou me esforçando, andava com o francês meio enferrujado. - olhou a sua volta, como se não quisesse ser mal interpretado e tornou - Você pega sempre esse trem a essa hora? Acho que já a encontrei por aqui antes.
- Algumas vezes. Acho que é por isso que tenho essa mesma sensação.
Mas ambos sabiam que não era dali que vinha essa nítida sensação.
- Você está com pressa?
Adivinhando-lhe os pensamentos ela olhou com singeleza.
- Não...
- Se você aceitasse o pedido de um estranho conhecido para tomar um café e discutir nossas impressões sobre o rude e enigmático Julien Sorel...
- Estranho conhecido, café, Julien Sorel... É parece uma boa ideia.
- Vamos descer na estação Brigadeiro, ali perto tem um café modesto e pequeno, mas é clássico e eu gosto bastante.
- Quem sabe Deus não enviou você para que eu pudesse aprender a falar francês...- brincou ela.
- Quem sabe Deus não enviou você para que eu pudesse aprender a sorrir mais, como hoje...
Ela corou, mas sentiu um calorzinho gostoso no peito. Uma pequena fagulha, uma chama pequenina.
E dali instantes estavam conversando como se já se conhecessem há muito tempo. Ela e o estranho conhecido.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Meu novo caminho!

Desde o dia que eu decidi que ia voltar a morar na minha terrinha, senti que muitas coisas mudariam a partir daí. Pois é, mudaram mesmo.
Acho, na verdade, que desde o dia que eu decidi que ia morar fora eu venho acompanhando uma série de mudanças bruscas na minha vida, o rompimento de certos paradigmas, ideias, pensamentos, afinidades.
A gente vive numa constante mudança. Já disse um grande amigo meu " é a vida em movimento". Pois é, e que movimento.
Estou aqui hoje pra anunciar mais uma grande mudança na minha vida. Hoje, nesse 3 de abril de 2012 coloquei um ponto final no meu relacionamento com o jornalismo.
Isso mesmo caros leitores, exatamente isso. Decidi, depois de MUITO refletir (chorar, me descabelar, pensar, repensar, colocar na balança, tirar, por de novo, orar, rezar, suplicar ajuda Divina) que eu definitivamente não nasci pra ser jornalista e outra, eu não quero ser jornalista.
Daí que alguns vão pasmar, ficar bege, azul, rosa, todas as cores do arco-íris de espanto e pensar " Mas não era a Gabi que gostava de escrever, que parecia ser tão empolgada...".
Bom, em primeiro lugar eu aprendi que pra ser jornalista não basta gostar de escrever e escrever bem.
Em segundo lugar, pois é, vocês sentem o quão traumático pode ser pra uma pessoa fingir ser o que não é? Viver a vida de um personagem que ela gostaria de ser, mas não é?
A minha crise com o jornalismo começou no segundo semestre de faculdade, ainda em São Bernardo, quando comecei a me questionar se eu queria ser jornalista mesmo, se eu queria levar aquela vida de redação, assessoria, ou qualquer coisa do gênero.
Atribuía minhas crises existenciais a saudade da família. Então que terminado o terceiro semestre, eu decidi fazer as malas e voltar pra terrinha. Quem sabe assim, fazendo o curso mais perto, morando em casa novamente, junto da família, as coisas melhorassem...
Tive que re-cursar o segundo semestre por conta da transferência. Daí que agora eu estou nos primeiros meses do terceiro semestre e chego a uma conclusão muito clara: não, não quero mais ser jornalista.
E não adianta eu me enganar. Porque eu só sabia chorar, ficar em crise e não querer ir pra faculdade. Pensar em estágio me dava ânsia, porque eu não queria trabalhar com jornalismo mais.
A questão é mais profunda que mera desistência. A questão é que eu, Gabriela Sikorski, não acredito mais no jornalismo como um meio de transformação social. E digo mais, não acredito que pensando assim, eu possa viver em paz com a minha consciência, defendendo algo que nem eu acredito. Tenho certeza, não vou fazer diferença nenhuma no jornalismo. Serei mais um robô depressivo dentro de uma redação, ansiando pela liberdade que nunca vai chegar, porque não teria coragem que sair da zona de conforto. Porque saibam meus amigos, a gente se acostuma até com o que não gosta.
Somado a isso vem a minha felicidade imensa em estar com os pequenos na escola.
Desde muito nova me afeiçoava a sala de aula. Quando minha mãe tinha escola, eu tinha bem meus 13 anos, depois da minha aula que era de manhã, eu passava a tarde na escola, ajudando as professoras na sala de aula, brincando de forca com a criançada, lendo história, organizando brincadeiras no parque.
Sim, eu amo esse ambiente escolar, eu amo a escola. E parando pra refletir o que me segurou esse tempo todo no jornalismo foi a vontade de, um dia, poder ser professora de jornalismo.
A questão é que eu não queria ser professora de jornalismo. Eu queria ser professora.
PROFESSORA. É com grande alegria que pronuncio essa palavra e com os olhos emocionados que escrevo esse texto dizendo: EU QUERO SER PROFESSORA!
Quero ensinar os pequenos, dar aula pra educação infantil, alfabetizar, ensinar a ler, escrever, quero ser abraçada pelos meus alunos e ser chamada de Tia Gabi.
Eu acho isso muito lindo e tô muito feliz com a minha decisão.
Mas nem só de flores é feita nossa vida.
Foi MUITO difícil e doloroso chegar a essa conclusão. É muito difícil ter humildade e coragem pra começar tudo de novo. É penoso a gente desistir de algo que botou tanta disposição e energia. E claro que junto a isso tem aqueles que torcem o nariz e repetem que eu tô ficando louca, onde já se viu, ser professora? Vou ganhar mal, vou isso, vou aquilo. Tem aqueles que arregalam bem os olhos quando eu digo que não quero mais fazer jornalismo e que no meio desse ano, se Deus assim o permitir, eu começo a fazer Pedagogia.
Mas, sinceramente, a vocês que se espantam com a minha resolução, é porque não me conhecem bem.
Aqueles que sabem quem mora atrás da Gabi Sikorski que muitos julgam conhecer, sabem que era questão de tempo pra eu me encontrar nas sendas da educação, junto aos pequenos, com a simplicidade e o amor que lhe são devidos.
Aprendi muito nesse tempo. Muito mesmo. Alguns vão dizer que eu podia ter comprado um carro com a grana que eu gastei ou ter feito uma viagem. Mas eu diria que fiz a viagem mais difícil e também mais maravilhosa de todas, aquela que leva a gente pra dentro da gente mesmo e faz a gente perceber coisas que só nossa alma em harmonia com o nosso coração, pode dizer. Eu entendo que tinha que ter feito esse tempo de jornalismo, porque precisava desse conhecimento e precisava encontrar e até reencontrar pessoas muito importantes para minha jornada na Terra. Fiz muitos amigos e agradeço todos os dias por isso.
Sei que não vou mudar o mundo. E sei também que tem gente ruim em qualquer lugar e profissão, mas a gente tem que decidir pelo que vale a pena lutar, pelo que vale a pena acreditar, se esforçar, chorar e sorrir.
Eu entendo que posso fazer mais diferença na educação dos pequenos, porque eu AMO as crianças, eu vejo Deus falando por meio da simplicidade, da singeleza e da ternura delas. Eu penso em Jesus que disse " deixai vir a mim as criancinhas" e peço que Ele, Mestre Bondoso e Amigo, me ampare nessa decisão e no caminho traçado por ela.
Agradeço aqui aos meus familiares tão amados, especialmente minha mãezinha que é meu porto seguro e minha luz maior em todos os momentos, que não me recrimina, que não joga na minha cara todo o investimento e sofrimento. Que me entende, me escuta e me apoia, que é meu motivo maior de viver e de me esforçar para que ela sinta cada vez mais emoção e orgulho por ter me dado a vida. Agradeço a Naná por me ajudar a pensar e rever esse lado meu, a Dani que me mostrou que quando a gente ama o que faz, os resultados vem, agradeço ao Dado que me apoiou dizendo que não importa minha decisão e sim que eu fosse feliz com ela. Ao meu avô Renato que com seu sorriso amoroso me disse o que eu sei todos os momentos, que ele sempre vai me apoiar se disso depender minha felicidade, ao Rô que sempre é um santo homem, apoiando meus sonhos, fazendo das minhas alegrias as dele também. A Ana por sorrir e me dizer que em meio a tudo isso, me admira e que sempre estará comigo. E ao meu pai, que mesmo tendo se assustado com a minha resolução no princípio, aguçou o olhar do coração para compreender que o meu coração de filha batia por compreensão.
Obrigada aos meus amigos queridos que me ajudam, me apoiam e me dão forças, me fazendo ver novas nuances da minha decisão, que colaboram pra minha esperança no amanhã.
Agradeço muito a toda a Espiritualidade Amiga e Bendita, que tem me auxiliado em todos os momentos. Vocês, amigos invisíveis aos nossos olhos terrestres, mas sensíveis aos apelos de nosso coração, obrigada pela coragem, pela inspiração, pelo amor incondicional e pela misericórdia de Jesus que vem através de vocês.
E obrigada, Mestre Jesus, meu querido amigo de todos os momentos. Senhor, vós que me escutais sempre, fazei de mim instrumento da Tua Vontade Divina. Por que, afinal de contas, não seria Jesus o nosso Grande Professor nos divinos ensinamentos do amor, do perdão, da caridade, da abnegação e da luz maior?
Assim, sentindo o espírito leve, tendo força e fé no meu coração, naqueles que nele habitam e no Mestre Divino, eu deixo aqui meu recado: amigos, eu serei professora! E tenho dito!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

A menina que costurava corações


Era uma vez uma menina de olhos muito lúcidos e verdadeiros que andava por aí.
A menina achava que Deus havia lhe delegado uma função: costurar corações alheios.
Ela via alguém ali, triste, sofrendo e tinha a nítida impressão que aquela pessoa estava ali, só esperando sua linha e sua agulha certeira.
Costurava, remendava, consertava corações. Era isso o que ela fazia de melhor.
Não.
Não era isso o que ela fazia de melhor.
A menina percebeu que essa ideia de remendar o coração alheio não dava muito certo. Porque daí, quem ficava com o coração em pedaços e os dedos furados da agulha impiedosa, era ela.
Então, a menina andava por aí, com os dedos e o coração sangrando. E mesmo assim ainda acreditava que sua missão era costurar os corações despedaçados.
Até que um dia um anjo apareceu para ela e disse:
" Bem amada, preciso que vá até aquela casa lilás, pois ali há alguém que necessita da tua agulha e dos teus pontos certeiros".
Ansiosa pela mensagem do anjo, a menina pegou as agulhas e as linhas mais bonitas, arrumou-se e foi até a cada lilás, esperando encontrar lá o bem aventurado de sua vida, que teria o coração costurado por ela. Assim ele lhe seria grato e ambos viveriam juntos e seriam felizes para sempre.
Ao chegar na casa lilás a menina bateu.
Ninguém abriu.
Bateu mais uma vez e nada.
Então, ela decidiu entrar.
Girou a maçaneta, foi entrando devagar. Não havia nada na casa. A sala estava vazia. Havia apenas um grande objeto, de altura significativa, coberto por um pano.
A menina aproximou-se, puxou o pano e para sua surpresa ele estava ali: um grande e belo espelho.
Observando seus olhos fundos e melancólicos, sua expressão triste, seus dedos machucados e o coração sangrando, a menina começou a chorar.
Ajoelhou-se frente ao espelho, derrubando a caixinha com as agulhas e as linhas, como se mais nada daquilo fizesse sentido.
No instante de suas lágrimas copiosas, o anjo apareceu. Ajoelhou-se junto dela e disse:
" Entende agora quem precisa ter o coração costurado?"
Ela levantou os olhos cheios de lágrimas e afirmou "sim" com a cabeça.
" Não chores, minha menina. Sei que ao vermos alguém com o coração despedaçado, nós temos ímpetos de ajudar essa pessoa, remendar-lhe os pedaços, fazê-la feliz, especialmente, minha pequena, se esse alguém nos é caro ao coração. No entanto, não acredite que Deus, na sua infinita bondade, daria a vós um fardo tão pesado de viver colecionando angústias alheias sem que pudesse compreender as vossas. Aceita, filhinha, que a cada um é dado segundo suas obras, Deus é justo e só dá aquilo que podemos suportar. Não tome o fardo alheio para si. Ajuda, sempre que necessário, mas entenda, não podes costurar todos os corações do mundo. Se um dia almejas auxiliar os teus com os teus pontos certeiros e amorosos, procura primeiro juntar os pedacinhos do teu coração. Aprenda com teus erros, aprende com as tuas tristezas, fortalece seu coração para que ali, mais adiante, possa amparar o coração do outro. Acaso podes tu, com as mãozinhas machucadas, com os dedos sem nenhuma firmeza costurar, espetar a agulha com destreza no coração de alguém? Pois então, meu bem. Entende, todos temos as nossas provas. E se quisermos ajudar, devemos estar com o coração em ordem, bonito, bem arrematado e sereno."
Desse dia em diante, a menina passou a olhar para seu coração, entendendo quais as linhas mais adequadas para juntar os próprios pedaços. Por mais difícil que fosse, ela guardava no íntimo as doces palavras do anjo bom, compreendia que cada um tinha o seu próprio coração e que ela, agora, ia cuidar do dela.