terça-feira, 10 de abril de 2012

Sobre ex namorados, o novo olhar, a compreensão e a retratação

Houve um tempo em que eu queria colocar todos os meus ex namorados num barco furado, amarrados uns aos outros e lá do cais, eu os veria afundar lentamente, gritando pela minha misericórdia. Eu estaria no pier, bebendo martini, com um chapéu phyno, rindo a moda Paola Bracho, enquanto eles diziam " Gabi, me perdoe, e glugluglu", coitado, morreu afogado.
Pois é, minhazamiga, não se enganem com a minha cara de boazinha.
Mas, felizmente a gente muda não é mesmo? E eu não tenho mais essa vontade, graças a Deus.
O rancor, a mágoa e a vontade de matar todos eles afogados passou.
Mas hoje eu fiquei muito chateada com um ex namorado meu, o último, aliás, e andei fazendo certas referências a ele num texto meu. Daí que ele leu, claro, veio dar a opinião dele e caímos numa bela discussão cheia de sarcasmo e ironia, típica da mágoa dos ex, néam?
No entanto, durante a lavação de roupa suja, começamos a compreender certas coisas e voilá, minhazamiga, ficamos amiguinhos.
Não é incrível como eu posso ser bipolar?
Não. Não é isso.
O fato é que a gente sempre tem que procurar ver com outros olhos, não com os olhos da mágoa, da insatisfação, da chateação. A gente tem que ouvir o que o outro tem a dizer e tem que ouvir com PACIÊNCIA, com CALMA, buscando ver o lado dele também.
Felizmente, esse meu ex é bem mais calmo do que eu e eu via que quanto mais eu queria brigar, mais ele contornava a situação. Daí eu passei a tentar contornar também e deu certo.
Quero dizer que nem tudo é morte, sangue e tristeza quando a gente termina um relacionamento.
Que a gente pode sim, ser amiga do ex, se ele abrir espaço pra isso e enfatizo: se não houver mais paixão.
Porque o amor se transforma e vira uma amizade legal.
Um exemplo disse é meu outro ex, que vou chamá-lo de N. para não expor ninguém aqui.
Quando eu e o N. terminamos, eu não podia ouvir falar no nome dele. Ainda mais depois que ele decidiu me deletar das redes sociais dele. ALOK, QUEM ELE PENSA QUE É?
Pois bem, ficamos lá um ano e tanto sem nunca mais nos falarmos.Não tinha ele em nenhuma rede social e não morávamos na mesma cidade. Pronto, isolamento perfeito.
Mas quis Deus que nós voltássemos a nos falar por razões maiores que nós e hoje eu tenho ele como um grande amigo. Alguém que eu procuro pra conversar quando o calo aperta, que me entende e que me dá bronca e quer saber, levo numa boa.
Por isso minhazamiga, sei que ex no começo é um assunto indigesto, mas vamos procurar agir com mais tolerância, sendo menos impulsivas, guardando menos mágoa, ouvindo o outro lado, nos colocando no lugar do outro e principalmente, não julgando. É um processo fácil? Não. E digo que depende da boa vontade mútua em fazer as pazes e partir pra amizade. Não adianta você querer ser a boa samaritana se o filhodumaboamãe é um ser necessitado de compreensão divina, coisa que você ainda não possui, néam benhê?!
As pessoas vivem cada uma a sua fase, o seu momento e se elas se encontram, é porque aquele momento foi compatível. Mas muitas vezes o momento passa e cada um volta pro seu lado, o que não impede que depois, possa florescer uma amizade bacana entre ambos. Ele não foi seu capataz, foi seu namorado e fez parte da sua vida. Melhor encarar os fatos e tê-lo como amigo. Porque tê-lo como coisa-ruim-dos-inferno é como dar as costas pra uma parte da sua vida, como se ela tivesse sido só desgraça, e você, bem lá no fundo, sabe que não é assim.
Por isso vamos pensar, refletir e encarar que a vida fica melhor quando a gente quer bem as pessoas, aquelas que estão conosco e aquelas que já estiveram. O bem e o amor caminham juntos.

Um comentário:

  1. Gabi, ficou uma dúvida:

    Onde eu arrumo um píer e um barco furado???

    Lembrando que a versão masculina da Paola Bracho é o Clóvis Moura de "O Profeta"

    Beijos... rs

    Eric

    ResponderExcluir