domingo, 29 de julho de 2012

Um ano! - Reflexões sobre as grandes mudanças da minha vida!

Um ano. O que é um ano.
Nossa, só um ano? Parece que já são dois, três, nem sei...
Mas é assim, faz um ano que voltei pro meu lar. Um ano que decidi deixar em São Bernardo do Campo um monte de pessoas, ideias e coisas pra voltar pro meu interior, pra minha família, pro meu aconchego, como diria aquela música.
Daria um livro esses doze meses de mudança, sabia? Meu Deus, quanta coisa mudou. E mais, como eu mudei!
Mudei muito, mudei demais.
Nesses doze meses eu morri e renasci. Dormi e despertei. Caí e levantei. Nossa, quanta coisa aconteceu...
Até algum tempo que não gostava de falar muito sobre isso. Era mexer demais nas lembranças, em algumas feridas que ainda passam por processo de cicatrização.
Se eu estou 100% bem resolvida pra falar de tudo? Não sei. Sei que estou mais lúcida, mais calma, sei mais quem é Gabriela Sikorski, sei mais quem está escondida atrás da ideia de ser Gabriela Sikorski.
Mas essa coisa de auto-conhecimento deve levar vidas e mais vidas, né? Porque eu me surpreendi tanto comigo que nem eu acredito em mim as vezes, hahaha.
Tem gente que diz " Gabi, você é muito corajosa!". Fico pensando da onde eu tirei coragem pra mudar tanto a minha vida, pra me mudar tanto... Sinceramente, não sei. Acho que é por isso que eu acredito tanto em Deus. Porque sem Ele, sem essa minha fé em Deus, em Jesus, na Espiritualidade, sem fé mesmo, minha gente, eu nem sei o que teria sido de mim nesse tempo.
Eu morei um ano em meio fora da minha casa. Num apartamento legalzinho, mas longe de ser meu lar. Numa cidade que eu nem gosto tanto assim, mas eu achava que era ali meu lugar. Eu achava que São Paulo era meu lugar.
Aos dezoito anos, recém saída do terceirão, eu achava que ia mudar o mundo, transformar a humanidade sozinha. Eu achava que era dona do mundo! Fui eu e minha coragem, bater de frente com a faculdade, metrô, ônibus  lotado, comida estragada, gente bonita, gente ruim, gente amiga, privada suja, poeira, saudade, tristeza, alegria, realização, decepção, paixão e tanta coisa que nem cabe aqui.
Valeu? Valeu sim e muito! Aprendi tanto nesse tempo, tanto que nem sei dizer. Conheci muita gente legal, gente que até hoje eu quero perto de mim. Fiz muita merda, mas pelo menos aprendi com isso.
Mas o mais importante foi que me conheci. Fora do meu contexto familiar, fora do meu casulo eu vi quem era eu. Do que eu gostava, o que me fazia feliz, quem me fazia bem.
O coração falou eu obedeci. E as melhores decisões que tomei até hoje foram aquelas que eu ouvi meu coração acima de tudo!
De volta  pra minha casa pude dar valor pra minha cidade. Minha cidade pequena, pacata, que tem gente que se mete horrores na minha vida? Sim, mas é minha cidade, que eu amo, que me acalma com suas tardes de outono tranquilas e ensolaradas, com seu clima agradável, onde mora muita gente que eu amo e que vive bem aqui!
De volta pro meu lar eu comecei a cuidar mais de mim e muita gente que me vê diz " Nossa, você mudou tanto!".
Mudei, graças a Deus eu consegui e tô conseguindo. Tenho muito o que melhorar ainda, eu sei, mas tô dando um passo de cada vez.
Aqui, na minha casa, passei a respeitar mais a natureza, a valorizar mais o verde, os animais e toda essa coisa linda que é obra de Deus.
Passei a entender mais o valor do silêncio, muito embora eu seja a mesma tagarela de sempre...rs
Passei a estudar e praticar mais a religião linda e bem vinda que minha mãezinha trouxe pra minha vida, que é o Espiritismo. Religião e filosofia de vida. O Espiritismo, essa benção que faz de mim uma pessoa melhor, que me ajuda tanto, que me ampara e me faz crer na bondade e na justiça de Deus todos os dias.
De volta pra minha casa, passei a cuidar mais da minha saúde, do meu bem estar e cuidar daqueles que amo.
Nada como estar em casa e poder ser útil a minha mãezinha que tanto faz por mim! Nada como poder acompanhar o crescimento e evolução da Alice, do Dan e da Giovana, estar perto dos meus primos, poder fazer um lanchinho com meu avô a noite, poder acordar, ver meu quarto e simplesmente agradecer por isso!
Mas as mudanças não pararam por aí. Veio a Pedagogia... Veio? Veio nada, sempre esteve aqui, latente no meu amor pelas crianças, no meu prazer imenso em estar nas escolas. Sempre houve esse amor. Mas era um amor que estava esperando que eu estivesse madura o suficiente pra entendê-lo e lutar por ele.
O jornalismo, aquela paixão, bom, como toda paixão tem começo, meio e fim. Paixão é assim, vem, nos faz feliz, as vezes nos deixa triste mas uma hora vai embora. Amor não, amor vem e fica, pra sempre, não importa o que a gente faça!
Foi bom enquanto durou. Dentro do meu coração eu sei que eu precisava ter passado por tudo (ou quase) que eu passei, porque eram degraus necessários pra minha evolução. Mas tem muito mais degraus ainda, eu sei disso...
Ainda tem aqueles que torcem o nariz pras minhas mudanças, especialmente para a mudança de profissão.
Mas aqueles que me amam, aqueles que me conhecem bem, me apoiaram, me apoiam e sabem que tudo isso faz todo o sentido pra mim!
Hoje eu posso dizer que sou muito mais feliz. Abri mão de muita coisa, sim. As nossas escolhas são limitantes, abre-se mão de algo para ter outra coisa. Mas ainda bem que é assim. Seria muito entediante se a gente tivesse e fosse tudo!
Hoje, eu só tenho a agradecer a toda a minha família, meus amigos e pessoas queridas que estiveram ao meu lado nesse tempo, me amparando, me dando força, enxugando minhas lágrimas, rindo comigo, segurando na minha mão e dizendo que tudo daria certo! Tá tudo dando certo, tudo de encaixando, como deve ser.
Obrigada, Meu Deus, pela infinita benção do recomeço. Obrigada, meus amigos espirituais que me auxiliaram e me auxiliam em todos os momentos. Obrigada, Jesus, por ser meu guia, meu refúgio e meu exemplo.
Obrigada a todos.
E ainda bem que eu voltei!

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