terça-feira, 16 de outubro de 2012

15h53

Fico besta com essa minha bipolaridade amorosa. Se ontem eu estava morrendo de amores/saudades de alguém, hoje eu estou na boa, pensando em qualquer assunto que não diga respeito ao coração. Mas talvez amanhã eu esteja nostálgica, sofrendo, me lamuriando da triste sorte do amor em minha vida. Mas na próxima semana, não estarei nem aí de novo.
É claro que quando o sentimento é verdadeiro, ele fica ali quietinho e as vezes aparece. Quase sempre vai embora, mas nunca vai de verdade. Mas sabe que até disso tenho duvidado...
Mas ando com tanta coisa nessa minha cabeça maluca, que ficar sofrendo semanas não dá mais tempo. O amor serve pra me inspirar. Os textos vem como exteriorização de sentimentos, que uma vez na tela, ou no papel, parecem diminuir de intensidade.
Cada vez que eu escrevo sobre alguém no sentido afetivo, esse alguém, em algumas situações, parece ficar mais no papel do que na minha vida. É como se eu depositasse tudo o que eu sinto num universo paralelo. As coisas passam a existir mais verdadeiramente do lado de lá. Aqui elas vão ficando mais serenas, tendo menos espaço nos meus pensamentos cotidianos, e assim eu me acalmo.
Então, se ontem eu estava com raiva quando escrevi sobre você, hoje a raiva vive no universo paralelo para onde vão meus sentimentos, através das minhas palavras.
Fique descansado, não quero mais falar sobre isso, nem sobre você. E nem foi meu objetivo magoar você. Já tem quem faça isso por mim. Eu só precisava desabafar. Entenda, se ponha no meu lugar, demorei mais de ano para conseguir exteriorizar tudo aquilo que aconteceu. Nunca mais tinha escrito nada tão profundo em relação a você e ao que fomos nós. Eu precisava vomitar. Agora passou. Vou voltar pro carro e continuar dirigindo.
Se você quiser se zangar, se doer, ter raiva, tudo bem. Sinta-se no seu direito, muito embora eu ache que o que eu escrevo, perto do que fazem com você, não é nada. Se quiser sentir raiva, sinta. Mas a raiva vai ser só sua, a minha já passou.
Eu posso parecer inconsequente quando falo certas coisas. Mas eu preciso. Tem gente que se alivia compondo música. Nem violão eu sei tocar. Eu escrevo, só escrevo, porque é isso que me resta.


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