segunda-feira, 8 de abril de 2013

Ninho

Lembrei do aconchego dos teus braços e senti frio. Frio daqueles que a gente sente quando tem saudade. Me encaixo perfeitamente nesses grandes braços que você tem. Eu caibo no seu peito como ninguém.
Queria olhar pra você e poder dizer tudo. Queria olhar pra você e poder entender tudo. 
Foi naquele dia que eu vi o colar de diamantes que existe no céu da noite. Vi estrelas brilhando como se nunca as tivesse visto antes. Eram cada vez mais luminosas e grandes. Pareciam mesmo um belo colar de pedras preciosas, envolvendo o pescoço dessa dama serena e secreta que é a noite. Imaginei que elas fossem descer do céu, pequenas pedras reluzentes e você as entregaria a mim. 
Fez-se um brilho imenso, um farol despontando no céu, uma lanterna, um holofote para nos dois. Uma lua clara esplêndida iluminava nossas cabeças e banhava-nos de raios cor de prata, suaves como o vento.
Disse pra você que estava com frio, mas era só mais uma desculpa pra você me abraçar de novo. Porque quando você me abraça mesmo, eu consigo entender. Não preciso falar, não preciso ouvir. Parece que entendo tudo o que há entre nós nesse abraço, nos seus braços, nesse embaraço que desembaraçamos toda vez que a gente se olha e sorri junto.
Tenho saudade desses finais de semana. Eles são escassos pra minha tamanha vontade de me aninhar em você, feito pássaro manso que busca refúgio em um ninho.
Você me agita, me derrota, me vence quando eu pego em armas, porque estou na defensiva. Não há ataque quando se quer paz, calma e coração. 
Eu sou seu ninho também. Você só precisava entender isso e repousar seu coração em mim. Porque quando você se aninha no meu colo, o mundo inteiro dorme em paz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário