segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Rotina

Rotina. Essa dilaceradora de corações, ladra de almas e do brilho da vida.
Essa tirana que escraviza a mim, a você, nós, vós, eles e elas também.
Rotina. Nossa auto-censura de ser o que somos, essa mesmice de todo dia e que seja feita a vontade dela.
Rotina. Essa massacradora de sonhos e boas ideias. Essa coisa pegajosa que fica em nossos olhos, e não nos permite ver nem muito menos olhar.
Rotina. Essas algemas de mim mesma, em lugares comuns, pessoas iguais e sorrisos forjados.
Rotina. Esses meus gestos ensaiados, minhas palavras coreografadas, minhas coisas no mesmo lugar.
Rotina. Nossa zona de conforto, tão longe das verdades internas e dos casos mal resolvidos, pendurados junto de nossas toalhas.
Rotina. Chacina de nós mesmos num lugar cômodo e amável, mentiroso e seguro, quieto e ameno.
Rotina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário