sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Metamorfose das minhas palavras

Eu estive lendo meus textos antigos. Aqueles cheios de romance, de açúcar, tempero e magia. Meus contos e meus personagens, palavras que até me questiono se fui eu mesma que escrevi.
Como a escrita da gente muda tanto?
Por que ela muda tanto?
Tenho saudade dos meus contos e dos meus personagens, mas na verdade, hoje eles não cabem mais. Eles fizeram parte de um momento da minha vida em que eu precisa deles pra me expressar. Um momento que se não fosse eles, eu tinha ficado maluca.
Escrever por meio dos personagens é mais fácil, a gente se abstém da nossa culpa e da culpa dos outros.
A gente fala e faz o que quer com eles, e se alguém vier reclamar, bom, se a carapuça serviu, né?
Mas hoje é um pouco diferente.
Hoje eu falo mais por mim mesma. Sou mais ativa no que penso e sinto. Sinais que surgem conforme a gente cresce.
Não que escrever contos seja sinal de imaturidade literária, pelo contrário, os contos só vem da nossa profunda inspiração.
Na verdade eu até tento algumas vezes, eles saem... Mas é que a vida tem me tomado tanto tempo, que alguns sentimentos tem passado despercebidos e eu tenho vivido algumas outras coisas sem dar a devida atenção pra elas.
Tempo...
O blog virou mais um jeito de escrever fora daquilo que a rotina da profissão me colocam a mão.
Um jeito de fazer o que gosto também, mas do meu jeito, da minha maneira, sem me preocupar tanto com as regras, o lead, as linhas finas, os títulos. Um jeito despreocupado de mostrar mais de mim...
O que sou fora de lá, o que sou dentro de mim...
A verdade é que me transformo com muita facilidade e minha escrita me acompanha... Ela vai e volta, uma hora é assim, na outra já mudei de novo e depois voltei a ser daquele jeito...
Mudança constante até no jeito de escrever... tem que ser assim...

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