domingo, 25 de novembro de 2012

Sonho

Foi como num sonho. Foi tudo um sonho. E como acontece depois dos sonhos, acordamos.
Acordei.
Depois desses dias longe, away, a sensação que fica pra mim é que você foi um sonho. Daqueles sonhos lindos que a gente guarda no coração, fica lembrando e relembrando só pra sentir a sensação boa que ele traz, mas como todo sonho tem seu fim quando desperto para realidade.
E seu cheiro vai se dissipando com o vento, seu rosto vai ficando cada vez mais distante com o tempo. Esse tempo que sempre leva e traz você de volta.
As lágrimas secaram. Nem há mais lágrimas para serem choradas, penso. Chorei todas elas há alguns dias atrás.
O coração encontra-se sereno, taciturno, sem esperar muito de nada. Há tanto para se fazer e daqui um mês é Natal. Talvez nem dê tempo de cultivar você no sagrado templo da saudade, penso mais uma vez. Talvez não me lembre de você todos os dias, digo para mim mesma, numa tentativa de me enganar.
Mas é impossível, porque você está no rosto daquele menino, na maneira com que ele me faz lembrar você. Você está nos olhos claros dela, na voz "vintage" daquela cantora, naquela blusinha que eu usei, de estampa que lembra louça portuguesa, tem um ar barroco que contrasta com esse meu jeito romântico de ser e que volta e meia busca você na velha canção.
Você está em mim. Tatuado nos dias que virão. E talvez aconteça como a sua tatuagem, talvez a tinta saia, fique mais fraca, mas vai estar para sempre ali. Mas é o tempo, só o tempo...
Já é domingo, meu bem. A vida corre depressa, ávida de horas, sonhos... E por falar em sonho, acho que sonhei com você...

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