quarta-feira, 27 de abril de 2011

Dias frios

Naqueles dias onde o sol se esconde tímido atrás de algumas nuvens o vento gélido traz de voltas aquela sensação. Uma sensação que existiu somente naquele tempo, junto de uma felicidade que também só foi real enquanto eles amavam e nada podia impedir aquele amor.
Hoje ela se levantou e foi até a janela, quando a abriu o vento veio e lhe trouxe uma lágrima.
A vida levou o amor e a felicidade embora. Levou os sorrisos e toda a intensidade.
Como pode um amor acabar assim? É um pecado capital.
Muito embora tenham havido muitos pecados neste amor, naqueles corações que batiam mais forte do que todos os corações do mundo juntos, havia a certeza de que haviam encontrado um ao outro para sempre.
A certeza era quase uma tatuagem sob a pele. Mas num dia de dor, ela saiu na água e todas as dúvidas assolaram aqueles corações.
E então veio a tristeza, as mentiras, as lágrimas e a mágoa.
Mas depois, quando o tempo curou aquelas feridas, os dias frios trouxeram de volta a sensação daquele encontro.
Como ela poderia ter sua inocência de volta e ser feliz daquela mesma maneira novamente? Será que ela poderia ser feliz daquele jeito de novo?
Parecia mesmo que ela estava condenada a nunca mais ser feliz como fora. Mesmo com todos os erros que cometera, com os coração mais doces que ela ferira, enquanto ela sentia aquele amor, era a pessoa mais feliz do mundo.
E depois que o mundo se desencontrou em palavras, ela buscou aquela mesma felicidade em vão.
Tudo aquilo soava como uma sina. Estava destinada a buscar por uma velha sensação feliz que jamais voltaria.
Mas a vida é maluca, o tempo é doido e somos insanos. E assim, nos dias frios como este, como naquele dia que ela pensou e sentiu ter encontrado o maior amor que poderia amar, ela sente aquela sensação de novo. E por alguns instantes fecha os olhos e respira aquele ar gélido.
Então o coração se aquece....

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