domingo, 3 de abril de 2011

Idas e vindas de um Liberta(n)go

Hoje sou eu quem vai, mas amanhã ou depois será você. E é sempre assim.
Nas nossas idas e vindas, no meio do caminho a gente sempre se encontra, seja pra falar de qualquer coisa boba, ou filosofar sobre a vida e tudo o que rege as coisas que acreditamos.
Enquanto estivemos juntos nós nunca brigamos, muito embora eu seja uma pessoa bem difícil de lidar.
Nós nunca fizemos nada pra dar tudo errado. E na verdade não deu errado, só não deu certo.
A vida não quis que ficassemos juntos. Eu estava olhando pra um lado e você pro outro, e apesar da nossa boa vontade e do amor que existia, as tempestades foram maiores, e como bons amigos, preferimos seguir cada um o seu caminho.
Não fizemos grandes planos, não tivemos tempo pra isso.
Só me lembro de quando você me disse, e foi uma das coisas mais bonitas que ouvi na vida, aquela frase que marcou tanto: " Eu gostaria que você fosse mãe de um filho meu. Se eu tivesse um filho, gostaria que ele fosse seu".
E nos desencontramos tantas vezes que eu perdi a conta. Mas felizmente a vida promove esses encontros tão sublimes e inesperados, e eu posso sorrir toda vez que eu me vou
O tempo passou e você tem a mesma aura de sempre. E pensando assim eu vejo que teve muitos momentos da minha vida em que você se fez tão presente nos meus pensamentos e eu tive uma vontade súbita de te contar sobre aquelas coisas e aquele cara que é um gênio na arte de compor e sei lá mais o que.
Você é realmente especial e é sempre bom ver você.
Mas esse ar de lamentação de "que pena que não demos certo, mas tudo bem", parece meio vivo ainda.
Eu acho que Renato Russo sabia do que aconteceria com nós quando escreveu "Vento no Litoral", especialmente quando ele diz: "Agimos certo sem querer, foi só o tempo que errou".
Pois é meu amigo, agora eu vou...
Mas tudo bem, no meio do caminho a gente se encontra pra dizer que estava com saudade um do outro.




"Olha só o que eu achei... Cavalos Marinhos...."

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