sexta-feira, 29 de abril de 2011

Seus olhos e seus olhares...

Tive a impressão de estar sendo observada. Nada de síndrome de perseguição, mas tinha um par de olhos me fitando.
Olhei pra direita mas eu sabia que não era dali que vinha aquela sensação. Então olhei pra direita e pronto. Você me olhava e logo que eu te vi, fugiste de mim com teus olhos. Fugi de ti também.
Essa coisa de encarar as pessoas nos olhos pode ser mesmo muito difícil, especialmente quando a pessoa tem aqueles olhos que trazem mistério.
E nessa, pelo rabo dos olhos você me olhava, eu te olhava, num jogo eterno de olhos, pálpebras e cílios.
No dia seguinte meus olhos procuraram os teus e nada de você aparecer.
Mas de repente você surge e me olha de novo, sem nenhum pudor, discrição ou sutileza. Me olha assim, me deixe sem graça com esse seu olhar intenso e profundo. Mas quais serão as cores dos teus olhos vistas de perto?
E depois eu passei e te olhei e nos olhamos de novo.
E hoje quando você apareceu de novo me olhando desse seu jeito eu me perguntei quem será o dono desse olhar indiscreto e intrigante? Desse rosto tão lindo e sem nome?
Quando me levantei, você virou pra me ver, e depois passou me olhando e eu virei o rosto pra te ver também. E enquanto eu andava os nossos olhares se cruzavam e nós ficamos mais distantes. Eu não sei seu nome, não sei nada sobre você.
Mas no fim das contas eu só queria saber se o dono desses olhos e desses olhares tem nome, telefone ou qualquer outra coisa...
Ai, esse jeito que você me olha...

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