Um cheiro doce invadiu minhas narinas, procurei debalde saber de onde vinha. Impregnou-se e tomou conta de todo o meu ser.
Queria saber o que era. Cheiro este que havia sentido em minha infância, me trazia doces recordações e agora, trazia a paz, sensação buscada e almejada constantemente.
Então a Naná disse um dia " que delícia esse cheiro de flor de laranjeira".
E bingo! Era a flor de laranjeira que havia me enfeitiçado.
Numa reflexão mais romântica, sinto-me como a própria flor de laranjeira. Estamos onde deveríamos estar, muito embora não tenhamos dado conta disso antes. Muito embora frágil e sensível, desmancha-se num toque sem cuidado, deixa seu aroma, sua marca pelas narinas e corações.
Sinto-me qual flor de laranjeira e neste meu jardim secreto não tão secreto agora, só cultivarei belas flores de esperanças cotidianas.
Se o mal da dor me assolar, respirarei fundo e a flor de laranjeira irá me acalmar. Tem sido assim. E que assim seja.
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