terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Primeiro nó

Eu tinha desligado o telefone contra minha própria vontade. Mas se eu escutasse sua voz de novo, eu teria dito coisas e eu não gosto de dizer nada pelo telefone.
Eu estava perturbada com todos esses pensamentos na minha cabeça. Eu fecho os olhos e vejo você. Eu ouço sua voz... Eu te procuro no meio da multidão mesmo sabendo que você não estará lá.
Você fala comigo e mil borboletas tomam conta do meu estômago e tiram meus pés do chão.
Eu precisava pontuar algumas coisas. Admitir outras coisas pra mim mesma. Quando eu cheguei lá e vi meus amigos, alguns deles sabiam o que estava escrito na minha cara e completavam a frase antes de mim. Mesmo assim eu tentava negar dentro de mim. Mas daí eu vi sua foto, e fui ouvir aquela música que me lembra você e que você nem gostou tanto dela assim.
Daí a saudade bateu grande, me derrubou e todas aquelas ideias começaram a ficar mais claras a medida que a melancolia sumia. Eu sentia meu coração apertar. Eu fecho os olhos e você está quase aqui. Mas você está longe, longe e eu não posso ver você sorrir, nem te abraçar pra te desejar boa sorte.
Você me faz perder o juízo das coisas. Eu não posso mais negar sua presença, ela é tão evidente.
E se eu vejo algo que eu não gosto, sinto ciúmes, quero você perto de mim, só de mim.
Então, a partir de agora algumas coisas ficam mais claras pra mim.
Porque tudo se esclarece quando surge o primeiro nó na garganta.

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