segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Não me acorde!

Eu não me lembro de ter tido uma sensação como essa. Mas ao acordar naquela sala clara e ver sua cara de sono sorrindo pra mim, foi... indescritível.
No meio de tantas incertezas, tantas reticências, eu vi um ponto na minha frase.
Você.
Você tirou meu ar, tirou meus pés do chão, me ensinou a voar mais alto do que eu já sabia. Você me entendeu num olhar e eu disse amém.
O sol fraco das cinco e meia da manhã entrava pelas janelas e iluminava seu rosto angelical e aquela sua carinha de "ai que sono". Mesmo recém acordada, tendo tudo pra não lembrar de muita coisa, essa cena ficou na minha cabeça e está até agora, tão viva e tão certa, assim como você dentro de mim.
Desde a primeira vez que nos vimos, com o desenrolar de tudo, do jeito como aconteceu, eu sempre quis, da maneira mais pura e inocente, deitar ao seu lado e dormir com você. Simplesmente dormir, só isso. Com a candura que eu jamais quis antes. Eu só queria estar perto e você na hora que você sonha. Eu só queria ser o seu sonho, ou estar neles.
Eu me sinto tão leve e as palavras vem como nuvens na minha cabeça.
Obrigada por tirar meus pés do chão da maneira mais doce que poderia ser.
Agora eu estou voando...
Ah, e se isso for um sonho não me acorde...
Só me acorde se você estiver me esperando com a sua cara de sono, sorrindo pra mim, dizendo "Bom dia, Amor...".

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