domingo, 6 de março de 2011

Doce

Volta a meia a gente se encontra e se sorri sempre de um jeito diferente. Não, nunca é a mesma coisa.
Cada fase é de um jeito, cada jeito é uma novidade. A gente se transforma, se aceita e se encontra de repente, não mais que de repente pra sorrir o velho sorriso novo.
Romanceando um pouco somos quase como Romeu e Julieta, e aqueles nomes são quase Montéquio e Capuleto. E quando eu disse isso e sorriu de novo. Ele sempre sorri.
Não acredito que o tempo mude as pessoas, mas sim as experiências que elas tiveram nesse tempo que as mudam. Ele nunca foi um idiota, sempre muito polido, boa companhia e sempre sorrindo. Mas ao ver ele discorrer lindamente sobre o achado da vida, o princípio do "Amor Fati", a vocação e a verdade eu pensei que as experiências dele o fizeram assustadoramente encantador e lúcido, terno e realista, sonhador e sincero, com tantas coisas lindas dentro de si que tão inevitável abrir um sorriso imenso daqueles que vem do âmago. Um pequenino estalo de felicidade.
Naquele momento eu o vi como um menino. O menino de cabelo tijelinha, muito branco, sentado na muretinha verde, com um copo de suco vermelho na mão, dois canudos na boca, fazendo cara de quem era muito travesso. Mas não era isso tão somente que eu via, era uma pureza de espírito linda que ele conseguiu manter através dos tempos, coisa rara de se ver.
Eu sabia que ele era um montão de coisas boas. Mas agora eu sei, ele é incrível e sorri como ninguém.
Que bom que no mundo existem pessoas como você, não estamos cercados apenas de covardes e insensatos. Pessoas como você existem sim.
E como diria Caio Fernando Abreu, um dos meus preferidos... " Que seja doce, sete vezes para dai mais sorte: doce doce doce doce doce doce doce." Que você continue doce... e sorrindo.

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