quarta-feira, 2 de março de 2011

Nice to meet you

É difícil de lembrar com perfeição do seu rosto, sua voz ecoa num labirinto longe de onde eu me forcei sair.
As coisas ácidas que você me disse corroeram meu estômago como cicuta e a sua doçura natural mexe com a diabetes que eu não tenho.
Suas atitudes previsíveis, sua falta de culpa de tudo, sua indiferença, a minha arrogância forjada em mim mesma, minha vontade maior ainda de ter percebido tudo quando tudo aconteceu.
Jamais me arrependerei de ter conhecido você e dos dois meteóricos meses que vivemos juntos. Mas me arrependo de como agi com você, de como deixei passar tantas coisas que sempre foram inaceitáveis a troco de nada. Mas tudo bem, dizem por aí que tudo vale a pena quando a alma não é pequena. Mas aprendi que não devo passar por cima das minhas convicções por amor.
E vendo aquele rosto distorcido e apagado eu me convenço ainda mais do que vim lutando na semana passada pra compreender.
Não, eu ainda não entendo tudo, mas sinceramente, você nunca me entendeu também.
Quando eu abri o armário hoje pra fazer o meu tão famoso macarrão com atum que você não comeu e nem comerá tão cedo, pensei em todas as coisas que eu te disse, em todas as coisas que a gente viveu, na minha vida antes e depois de você. E substancialmente, pouca coisa mudou.
Na verdade os melhores anos da minha vida em vivi sem você, porque os próximo 20 não podem ser igualmente lindos e melhores?
Não que alguns momentos nossos não façam parte do ranking de momentos mais lindos da minha vida, mas são momentos, não são anos. Você não quis que fizessemos nem meio ano. Decidiu por si mesmo, decidiu por nós e eu fingi aceitar mesmo sem entender e de repente nós tinhamos um acordo assinado por nós dois.
Tudo bem.
Essa semana começou diferente pra mim. Nada do que eu escrevi ou quis escrever foi com a intenção de te provocar ou te atingir. Nada. Nem mesmo esse texto.
Mas se acaso você vier a lê-lo e identifique-se, bom, como eu disse algumas vezes pra uma porção de gente sem noção " Leu porque quis!".
Gosto de você, tenho um carinho imenso por você e seu jeito inocente de ver o mundo, você me encanta. Mas hoje eu não jogaria meu carro numa ribanceira por sua causa e nem toleraria chiliquinhos alheios por sua causa pra não dar em nada.
E outra coisa, se você vai mesmo se doer com as coisas que eu escrevo, sinto muito. Elas não são pra você, por mais que eu diga você o tempo todo. Eu cansei de me auto-censurar aqui porque de repente você poderia ler e gostar menos de mim. O que é você gostar menos de mim a essa altura do campeonato? Você nunca gostou mais de mim. Você estacionou o que poderia ser uma bela história, então, não vai ser agora que você vai gostar de mim, não é mesmo?
Quer se doer? Se doa. Depois passa. Como tudo na vida. Tudo!
Existe uma coisa chamada intensidade e essa sim foi a Senhora Magnânima na nossa relação tão meteórica. Tudo bem, não me importo com o tempo, nunca me importei. Algumas coisas são mais importantes.
Nós quase tivemos tudo, nós quase fomos felizes e eu quase achei que não seria feliz sem você. Ledo engano.
Você teve meu coração e minha alma, mas agora eles são meus de novo. Mesmo assim, foi bom conhecer você.




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